Falar de sustentabilidade hoje em dia soa quase como um mandatório e até um pouco banal, mas falar de sustentabilidade dentro da joalheria e ainda mais no Brasil é um grande desafio. Com esse pensamento desde a abertura da marca em 2016, Beatriz realiza projetos exclusivos para seus clientes, reciclando e ressignificando joias antigas de Ouro, Platina entre outros materiais. Em 2017 a Navaz foi uma das pioneiras a trabalhar com pratas recicladas através da reutilização da prata presente em chapas de raio-x. A Prata e Ouro podem ser encontrados em diversos commodities hoje em dia, principalmente em artigos tecnológicos. Como consequência, a joalheira não precisa estar mais refém das mineradoras, basta ressignificar o que nos rodeia, pois já temos mais do que o suficiente para alimentar a cadeia de produção. De lá para cá, a Navaz em parceria com a Eureciclo foi responsável por reciclar mais de 4,5 toneladas de resíduos, dentre eles plástico, papel e metal. Mas isso não quer dizer que a empresa se considera uma marca ecológica, pois notamos que ainda faltam muitas lacunas a serem preenchidas. "Somos apenas uma marca humana, feita de pessoas para pessoas e acreditamos que sempre podemos melhorar", diz Beatriz e complementa;
"Acredito que precisamos ter um olhar mais abrangente.Talvez você nunca tenha parado para pensar que por a joia ser um objeto extremamente duradouro, foi muitas vezes objeto de estudo para antropólogos, historiadores, entre diversas outras profissões que estudam e narram a história da humanidade.
Pelas variadas funções que assume em diferentes épocas e culturas, distintas, a joia sempre esteve presente. É moeda universal que não perde seu valor material, é documento que resiste ao tempo, é patrimônio impregnado de sentimentos e de história.
Para mim, o que traz riqueza à joia é a cultura milenar que envolve a ourivesaria. Me deslumbra ver como a história transita entre passado e presente. A tecnologia está presente em nosso dia a dia, mas ressaltar a história, arte e cultura faz parte do meu trabalho, um bom exemplo disso são as técnicas utilizadas na criação de cada peça. Trazendo formas e texturas orgânicas de modo não convencional, mas ao mesmo tempo atemporal.”
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